
Conheça a campanha nacional de combate à exploração do trabalho infantil de 2020
A campanha nacional contra o trabalho infantil deste ano alerta para o risco de crescimento da exploração do trabalho infantil diante dos impactos da pandemia
Com o slogan “Covid-19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantilâ€, a campanha nacional está alinhada à iniciativa global proposta pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O objetivo é conscientizar a sociedade e o Estado sobre a necessidade de maior proteção a esta parcela da população, com o aprimoramento de medidas de prevenção e de combate ao trabalho infantil, em especial diante da vulnerabilidade socioeconômica resultante da crise provocada pelo novo coronavÃrus.
Entre as ações, os rappers Emicida e Drik Barbosa lançaram música e clipe inéditos sobre o tema, intitulados “Sementes”, nos aplicativos de streaming e no Youtube.
Cenário mundial
De acordo com a OIT, antes da disseminação da Covid-19, quase 100 milhões de crianças haviam sido resgatadas do trabalho infantil até 2016, reduzindo o número de 246 milhões em 2000 para 152 milhões, segundo a última estimativa global divulgada. A fim de evitar um aumento dessa estatÃstica em 2020 e perseguir a meta de erradicar essa violação até 2025, a campanha mundial faz um chamamento aos paÃses para que incrementem polÃticas públicas de proteção visando assegurar os direitos fundamentais de crianças e adolescentes, inclusive o direito ao não trabalho.
Realidade nacional
Mesmo proibido no Brasil, o trabalho infantil atinge pelo menos 2,4 milhões de meninos e meninas entre 5 e 17 anos, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de DomicÃlios (PNAD) ContÃnua 2016, do IBGE. Em 2019, das mais de 159 mil denúncias de violações a direitos humanos recebidas pelo Disque 100, cerca de 86,8 mil tinham como vÃtimas crianças e adolescentes. Desse total, 4.245 eram de trabalho infantil. Os dados são do Ministério da Mulher, da FamÃlia e do Direitos Humanos (MMFDH).
A Campanha é realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Justiça do Trabalho, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).
Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Trabalho